Mistão do Galo empata com o Palmeiras

Atlético e Palmeiras fizeram uma grande partida no jogo de ida pelas quartas de final da Copa Sul-americana, na noite desta quarta-feira, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Duelo terminou empatado em 1 a 1, gols de Kleber e Obina. Com isso, A decisão da vaga nas semifinais fica para o jogo de volta. Os dois times se enfrentam novamente no dia 10 de novembro, quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Pacaembu, em São Paulo. Quem vencer se classifica. Empate por 0 a 0 dá a vaga ao Palmeiras, 1 a 1 leva para a disputa de pênaltis e qualquer outro empate classifica o Galo.

Antes, porém, ambos voltam suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG recebe o Botafogo, sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré. O Palmeiras também joga em casa. Encara o Goiás, na Arena Barueri, no mesmo dia e horário. A parte negativa do duelo foram as contusões de Valdívia e Daniel Carvalho. No lado alvinegro, uma feliz surpresa. O jovem Nicão entrou e mostrou qualidade.

O Galo começou o jogo com alguns reservas e conseguiu até dominar boa parte do primeiro tempo. Na etapa complementar, continuava bem no ataque, mas, numa falha da defesa, levou gol de Kléber. Na etapa final, contudo, Dorival Júnior colocou Obina e Diego Souza, que deram maior criatividade ao time. A partida teve ainda duas marcações de pênalti polêmicas. A primeira, a favor do Verdão, o árbitro marcou a penalidade, mas o bandeira marca impedimento e o juiz volta na marcação. Instantes depois marcou um em Obina e Palmeirenses reclamaram bastante. Mas o atacante baiano converteu para o Galo.

A partida: Palmeiras tentou aproveitar o desentrosamento do misto do Atlético. Logo aos 6 minutos do primeiro tempo, Marcos Assunção fez bela enfiada para Kléber. O atacante saiu na cara do gol e bateu rasteiro. No entanto, o goleiro Renan Ribeiro fechou o ângulo e tirou a bola com as pernas.

Apesar do bom começo, o Palmeiras perdeu Valdívia aos 18 minutos. O chileno voltou a sentir dores na coxa e teve de ser substituído por Lincoln. Com a mudança, o Atlético-MG reequilibrou a partida na etapa inicial e só não abriu o marcador aos 20 minutos devido à bela defesa de Deola, que espalmou no reflexo chute de Neto Berola.

Lincoln foi muito marcado no primeiro tempo e o Palmeiras dependeu dos cruzamentos de Marcos Assunção para atacar. O Atlético-MG, por sua vez, ficou sem Daniel Carvalho, que deixou o gramado aos 27 minutos, machucado, para a entrada de Nikão. O time mineiro procurou explorar as falhas da defesa alviverde.

De olho no apito. Na etapa final, o Atlético-MG apostou em Obina, que brilhou no clássico contra o Cruzeiro - ele entrou no lugar de Neto Berola. O atacante teve uma boa chance para marcar logo aos 8 minutos. Após boa jogada pela esquerda dentro da área, Obina bateu cruzado. Deola novamente teve de pular para espalmar e salvar o alviverde.

Quando o Atlético-MG tentou colocar uma pressão, o Palmeiras chegou ao gol. Aos 10 minutos do segundo tempo, Kléber fez tabelinha com Tinga, recebeu na área e estufou as redes de Renan Ribeiro. Carrasco do time mineiro por ter atuado pelo Cruzeiro, o atacante acabou vaiado pela torcida atleticana.

Os palmeirenses tentaram ampliar e reclamaram bastante da arbitragem. Aos 20 minutos do segundo tempo, o árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou penalidade para o Palmeiras, após Lincoln cair na área. Contudo, ele voltou atrás um minuto depois e marcou impedimento depois de consultar o bandeirinha - o meia realmente estava na frente.

Porém, o que deixou os jogadores do Palmeiras nervosos foi o pênalti marcado de Márcio Araújo sobre Obina, aos 26 minutos da etapa final. Felipão foi à loucura à beira do campo e não concordou com a marcação. O zagueiro Danilo ainda recebeu amarelo por reclamação. Após quatro minutos de muita confusão, Obina fez a cobrança e não deu chances para Deola.

Com o 1 a 1, o jogo ficou quente e aberto. Diego Souza, que também entrou na etapa final, não marcou por causa da bela jornada de Deola, que desviou um chute cruzado do meia com a ponta dos dedos. O Palmeiras teve sua última oportunidade aos 41 minutos, mas Luan não conseguiu passar por Renan Ribeiro após ficar livre dentro da área.

"Vamos fazer uma representação contra esse árbitro", afirmou o diretor de futebol, Wlademir Pescarmona, em Minas. "Não foi pênalti sobre o Obina, foi uma arbitragem ruim. O Palmeiras não pode aceitar essas coisas. O time foi bem superior no segundo tempo e merecia ter conquistado a vitória", completou o dirigente, em declaração às rádios mineiras.